Como a pandemia está influenciando o Marketing no e-commerce

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Entenda como a pandemia está influenciando o Marketing no e-commerce. Veja o que mudou nas estratégias e também no comportamento do consumidor.

Desde o começo da pandemia, o isolamento social impôs a mudança de hábitos, gerando impacto direto em todas as áreas da economia. Exemplo disso está no crescimento do e-commerce, que apresentou mudanças em suas estratégias de marketing.

Isso porque, para se adaptar ao novo cenário, empresas de todos os tamanhos precisavam repensar sua forma de fazer a comunicação.

Uma mudança que, até agora, vem apresentando resultados promissores para o mercado digital brasileiro.

Em Junho do ano passado, o e-commerce registrou o 3º melhor mês da sua história no país, atrás apenas de maio e novembro de 2019.

Comparando ao período de maio, junho e julho de 2020 com o período tradicionalmente mais forte do e-commerce (janeiro e dezembro), a audiência aumentou 8,2% – segundo levantamento do SimilarWeb.

Em números absolutos, isso significa um aumento de 259,3 milhões de acessos aos sites de e-commerce durante o período.

Mas para entender melhor esse aumento exponencial, vamos por partes.

 

A explosão de consumo online de Maio

Após o começo das medidas de isolamento social em 17 março, foi iniciada a construção do “novo normal” na vida do consumidor.

O Dia das Mães, por exemplo, pela primeira vez na história foi comemorado a distância.

E com o fechamento das lojas físicas, houve uma explosão de acessos às lojas virtuais, como nunca se tinha visto em um mês de maio.

Segundo dados do Relatório Setores do E-commerce, que analisou as 200 maiores lojas virtuais e 15 setores da indústria, maio registrou um aumento de 32,7% nos acessos em relação ao início da pandemia.

 

A influência de Mecanismos de Busca e Redes Sociais sobre o novo consumidor

O mesmo estudo citado logo acima, também apontou que o novo consumidor é mais influenciado por mecanismos de busca e redes sociais.

Segundo os próprios consumidores, os canais que mais influenciaram a sua tomada de decisão de compra foram:

  • 1º Google / outros mecanismos de busca, com 62,43%
  • 2º Instagram, com 46,45%
  • 3º Facebook, com 46,15%

 

O que mudou nas estratégias de cada um dos canais 

Comparando dados da SimilarWeb de Novembro de 2019 e Maio de 2020 – os dois meses de mais alta no tráfego -, podemos entender melhor o que mudou.

Veja a seguir como ficou o crescimento relativo de importância de canais durante a pandemia.

  • Tráfego Direto: acesso espontâneo é fundamental e acompanha a tendência da alta temporada

Com crescimento de 5,35%, este canal mantém a tendência de alta, indicando que os consumidores gostam de acessar suas lojas favoritas diretamente.

  • Tráfego Orgânico (SEO) cresceu +11,49% em relação à Black Friday e atinge máxima histórica

A pandemia aponta a importância dos canais orgânicos para o seu negócio.

Isso porque o SEO dos e-commerces manteve o patamar de alta, onde todos os meses a partir de maio foram maiores que novembro – mês da Black Friday.

  • Busca paga também cresce +4% e supera a Black Friday

Os investimentos em busca paga superaram a própria Black Friday, período famoso por ter os maiores orçamentos do ano.

  • Propaganda em Display cresce, mas não se sustenta e passa a ter tendência de queda

Essa tendência significa que os investimentos estão voltando aos patamares pré-pandemia, o que reforça a maior eficiência do tráfego de busca.

Entretanto, quando integrado às estratégias de remarketing, o Display obteve melhor ROI (Retorno Sobre o Investimento).

  • Tráfego de Redes Sociais não cresce, mas deve ser visto com cuidado

Apesar de os consumidores normalmente apontarem as redes sociais como um dos canais que mais influenciam na compra, os dados apontam outra história.

O tráfego de Redes Sociais foi 10,8% menor que durante a Black Friday, sem uma forte tendência de alta.

A diferença está entre as metodologias, porque neste caso as Redes Sociais não são um gerador de tráfego, mas ainda sim podem gerar bastante influência de compra.

Ou seja, cada vez mais os canais de marketing precisam ser vistos com uma estratégia de Jornada de Consumidor.

  • Tráfego de email cai 18% e aponta necessidade de rever estratégia 

Nenhum outro canal teve comportamento tão abaixo quanto a tendência do tráfego de email, negativa desde a Black Friday de 2019.

Entretanto, ele ainda aponta uma tendência de crescimento para os próximos meses.

 

O perfil do novo consumidor

A pandemia do novo coronavírus fez com que o ser humano mudasse até mesmo seu “instinto” natural de socializar.

Sem o cafezinho no trabalho, o encontro na rua, a reunião familiar ou o badalado happy hour, a propaganda boca-a-boca acabou sendo trocada por uma interação maior com ferramentas (como os buscadores) ou por meio delas (como o uso Redes Sociais).

O que aponta o renascimento do Marketing de Busca, que agora terá um papel crucial na construção das marcas.

 

Construindo marca com mindset de mecanismos de busca

Ao realizar uma busca pela marca, o consumidor revela seu interesse pela empresa, que passa pelos produtos e vai muito além disso. Afinal, ele também busca conteúdo e experiência.

Tudo isso é resultado de uma série de esforços de marketing, voltados por exemplo para o posicionamento, propósito, produto e preço, proposta única de valor, conteúdo, atendimento e assim por diante.

 

SEO é o melhor investimento a ser feito pelos e-commerces

Como já apontado aqui, a busca orgânica foi o canal que obteve maior crescimento durante o período de pandemia.

Por isso, muitos sites decidiram apostar no tráfego orgânico para aumentar a sua eficiência durante o período.

Uma tendência que veio para ficar. 

Entretanto, é importante fazer os investimentos certos para que suas estratégias de SEO tragam resultados melhores.

 

Novo Algoritmo do Google

O recente algoritmo do Google incorpora também a velocidade de carregamento como fator de ranqueamento.

Entretanto, ainda existem outros importantes dados sobre os fatores de ranqueamento, como aponta um estudo exclusivo da Conversion:

  • Nenhum site na primeira posição do Google demora mais de 2 segundos para ser carregado;
  • Palavra-chave está presente nos títulos de forma exata em 59% dos resultados;
  • Páginas na primeira página do Google tem em média 1.507 palavras;
  • Média de Autoridade de Domínio na primeira página do Google é de 70;
  • Autoridade de Página tem forte correlação com o melhor posicionamento orgânico.

 

A dica é: repense o seu Marketing

Considerando todos os dados que foram apresentados neste artigo, junto ao atual cenário do mercado, é certo dizer que as empresas precisam repensar suas estratégias.

Está mais do que claro que é necessário contar com canais de vendas online, offline e de tráfego bem conectados, visando oferecer a melhor experiência para o consumidor.

Afinal, o novo consumidor continua dando mais valor a experiência vivida com a marca, pois opções é que não faltam em seu radar diariamente.

Sendo assim, as marcas que vão se destacar no mercado são aquelas que conseguirem unir a entrega de satisfação ao cliente com as novas demandas digitais. 

Ou seja, é necessário contar com um Marketing pensado tanto para pessoas como para algoritmos.

 

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